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Projeto científico de aluno do CMRJ pretende viabilizar o uso de próteses com ampla capacidade de movimentos a baixo custo

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Diretamente do Clube de Ciência e Tecnologia do Colégio Militar do Rio de Janeiro, um projeto, em fase de desenvolvimento, pretende viabilizar o uso de próteses com ampla capacidade de movimentos, a um baixo custo, para pessoas amputadas.

O projeto está sendo estudado pelo aluno Talles de Jesus Monteiro desde outubro de 2022 e, este ano, o trabalho “Aquisição de sinais eletromiográficos de baixo custo por meio de amplificadores operacionais” será apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, que acontece entre os dias 18 e 22 de março, na Universidade de São Paulo (USP).

Thales conta que a motivação para o projeto surgiu após seu pai encontrar uma criança amputada vendendo balas perto de um mercado.

“A motivação para o meu projeto surgiu de uma experiência que meu pai teve. Ele estava indo fazer compras no mercado e se deparou com uma criança que tinha uma amputação em um dos braços, vendendo balas para sustentar a família. Ele chegou em casa e minha mãe falou que ele estava super emocionado, chegou a chorar e tudo. E aquilo ficou na minha cabeça. Aí comecei a programar, pesquisar e me interessar por essa questão das próteses”, relembra o estudante do 3° ano do Ensino Médio.

Com resultados positivos de seu trabalho e a comprovação da hipótese levantada dentro do laboratório do Colégio Militar, os protótipos que estão sendo analisados podem se tornar uma grande possibilidade de as pessoas amputadas retomarem os movimentos.

“Atualmente, já são disponibilizas próteses para a população. Entretanto, essas próteses fornecidas pelo Sistema de Saúde são extremamente limitadas. São denominadas próteses mecânicas. Próteses ainda mais limitadas são as estáticas ou estéticas, usadas só para substituir aquela aparência de mão, porque aí trabalha uma outra zona que é a questão psíquica, da autoimagem do corpo, da pessoa se sentir completa”, explica Talles.

Ele ressalta que o diferencial de seu projeto é oferecer um produto mais completo, que é uma prótese leve e bem mais acessível do que as que são vendidas atualmente.

“O meu projeto se difere justamente porque existem essas próteses limitadas, mas também existem as próteses altamente tecnológicas, que possibilitam uma alta gama de movimentos, só que possuem um custo nada acessível para a grande massa da população. Então a ideia do projeto é pegar essas próteses tecnológicas e provar que é possível distribuir, democratizar o acesso a elas a um preço irrisório”, acrescenta.

De acordo com as pesquisas de Talles, próteses modernas, com capacidade de muitos movimentos, custam mais de R$ 30 mil. O aluno revela que sonha poder oferecer um produto com as mesmas competências a um custo muito mais reduzido, por cerca de R$ 300.

Ainda em fase de experimentação, o protótipo precisa ainda passar pelas fases de testes em pessoas com alguma amputação de membros, e, posteriormente, ser acoplado a uma prótese.

“A ideia seria utilizar como base esse protótipo, desenvolver o melhor o circuito e utilizar diversos desses circuitos conectados. Para a construção da prótese, seria utilizado, a princípio, filamentos de garrafas PET na impressora 3D, para continuar barateando o preço”, detalha ele.

Mais do que elaborar um projeto científico, Talles quer realizar o sonho de poder tornar a vida das pessoas com deficiência um pouco mais fácil e produtiva.

“Beneficiaria muito o público infantil, justamente por essa vertente de utilizar os filamentos da garrafa PET. Porque, com esses filamentos, eu consigo fornecer às crianças o que os outros sistemas não fornecem. As próteses mecânicas, por exemplo, precisam ser medidas no corpo e todo esse processo da medição, correção, até o ato da entrega da prótese, a criança já cresceu. Ou seja, elas ficam sem as próteses na idade infantil”, explica.

Juntando esforços com Talles nessa jornada, a professora e orientadora Ana Lúcia conta que a experiência tem sido um grande aprendizado.

“É um projeto que demanda muitos esforços, a gente vem se debruçando em várias pesquisas e o que posso dizer é que o Talles é um aluno muito dedicado e eu tenho aprendido muito com ele”, declara a orientadora Ana Lúcia.

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Fonte: ComSoc DEPA.

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