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Alunas do Colégio Militar de Manaus desenvolvem projeto promissor contra o câncer de mama

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Já imaginou encontrar dentro da Amazônia um grande potencial para tratar o câncer de forma menos agressiva? É isso que a dupla Mayanna Coelho e Ada Jamile, alunas do Colégio Militar de Manaus (CMM), tem buscado há quase um ano, usando a biotecnologia para chegar nesses resultados.

Com o projeto denominado “Minerva: uma análise in silico da viabilidade de uma terapia multialvo para o câncer de mama”, as estudantes pretendem utilizar compostos bioativos de plantas da região amazônica para o tratamento do câncer de mama.

“Ao trabalhar com essa questão da biotecnologia, a gente acabou percebendo que isso dá para aplicar para o câncer de mama, que é um problema muito recorrente na nossa região. Tanto que a estimativa é que se tenha um aumento de 75 mil novos casos, só neste ano. Dados que são extremamente agressivos e que acabam mexendo muito com nosso psicológico”, explica a aluna Ada.

Com o uso da programação, a dupla analisou múltiplos bancos de dados sobre biocompostos amazônicos e verificou quais deles possuíam propriedades anticancerígenas.

O projeto aborda uma área chamada de bioinformática, que trabalha com a programação dedicada a resolver problemas de biologia. As respostas podem representar uma alternativa promissora para o tratamento do câncer de mama.

Entre as pessoas que podem se beneficiar com os resultados bem-sucedidos estão pacientes diagnosticadas com câncer de mama dos tipos HER2-positivo, Luminal A e Luminal B.

Motivação

No ano de 2023, Ada Jamile estava fazendo uma redação sobre “até qual ponto a mutação genética é ética?”, para um trabalho da Feira de Ciências do CMM, e, refletindo sobre o tema, chegou a conclusão de que o câncer de mama é o mais incidente e fatal em mulheres de todo o mundo.

Ada percebeu que poderia utilizar os conceitos que havia aprendido, enquanto fazia a redação, para ajudar a minimizar o sofrimento dessas mulheres. Foi então que ela e sua amiga Mayanna se uniram para explorar o que poderia ser feito. Nesse contexto, surgiu o projeto Minerva.

CMM: Incentivo aos projetos científicos e tecnológicos

No Colégio Militar de Manaus, Ada e Mayanna, com a ajuda de professores e orientadores, conseguiram dedicar parte do tempo dos estudos para focar na busca de compostos da Amazônia e de substâncias que tivessem relação com o desenvolvimento do câncer de mama. E o resultado foi positivo.

Durante o processo de buscas, as alunas descobriram que alguns desses compostos têm interação muito forte com mais de um dos alvos pesquisados por elas.

“É uma esperança, claro, para tentar amenizar os efeitos desse câncer tão devastador para a gente, para a população brasileira. E é uma alegria muito grande ver as meninas engajadas nessa solução”, destaca o professor e orientador Roberto Filho.

Os frutos dos projetos já estão sendo colhidos pelas alunas, que já conquistaram três prêmios, como na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em outubro do ano passado.

Uma nova chance de premiação se aproxima. O trabalho de pesquisa das alunas é um dos finalistas na Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia (FEBRACE), que ocorre entre os dias 18 e 22 de março, na Universidade de São Paulo (USP).

Próximas etapas

O projeto está finalizando a etapa in silico, que compreende as análises computacionais envolvendo as substâncias de interesse. A próxima etapa será a fase in vitro, onde a equipe irá submeter células de mama (saudáveis e tumorais) ao tratamento com os compostos selecionados.

Para executar a etapa experimental, a dupla vai utilizar o laboratório de cultura de células animais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). No entanto, será necessário cerca de R$100 mil para adquirir todo o material necessário para realizar os experimentos.

As alunas esperam arrecadar fundos para começar a fazer as análises in vitro da pesquisa.

“Para a gente poder ver, a olho nu, se funciona realmente essa interação dos compostos com a proteína. Queremos abrir os olhos das pessoas para mostrar que na Amazônia tem muitas possibilidades de tratamento e cura para essa doença”, acrescenta Mayanna.

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Fonte: ComSoc DEPA.

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