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Projeto inovador oferece máscaras de baixo custo para combater poluição atmosférica

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Em meio ao crescente desafio da poluição atmosférica que assola as grandes cidades, um grupo de jovens visionários de Recife está fazendo a diferença com um projeto inovador que promete transformar a qualidade do ar que respiramos.

Com a iniciativa "Kapokmask: Uma contribuição à segurança atmosférica a partir do uso da ceiba pelandra para a produção de carvão ativado”, eles estão estudando a viabilização de máscaras de baixo custo equipadas com filtros de carvão ativado, uma solução acessível e eficaz para combater os gases nocivos presentes no ambiente urbano.

O projeto, analisados pelos alunos Maria Elys Celestino de Siqueira e José Henrique Nóbrega Albuquerque, do Colégio Militar do Recife, foi concebido após uma profunda reflexão sobre os impactos devastadores da poluição atmosférica, uma questão que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é responsável por sete milhões de mortes anualmente, segundo dados da ONU e da OMS.

"Quando nos deparamos com a gravidade desse problema, especialmente nas grandes cidades como Recife, sentimos a urgência de agir. O Colégio Militar do Recife está situado entre duas rodovias e vale lembrar que Recife está entre as capitais com trânsito mais engarrafado do Brasil”, explica Goretti Cabral, professora e orientadora do projeto.

Ela conta, ainda, que o produto em desenvolvimento no projeto pode ajudar a todas as pessoas expostas diariamente aos poluentes atmosféricos nocivos à saúde, especialmente os ambulantes de trânsito, que inalam continuamente gases como CO e CO2, que podem causar graves danos ao indivíduo, com incidência de câncer e até morte.

"Observamos a situação dos vendedores ambulantes que passam horas expostos aos gases tóxicos dos veículos e percebemos a necessidade de oferecer uma solução acessível para proteger a saúde dessas pessoas e de toda a população", acrescenta Goretti.

O segredo por trás das máscaras desenvolvidas por esse projeto está na matéria-prima utilizada: a casca da paina, uma planta abundante no território brasileiro. A partir dela, é produzido o carvão ativado, um material amplamente utilizado para filtrar gases nocivos.

A grande inovação deste projeto está em oferecer uma alternativa de baixo custo às máscaras comerciais, que muitas vezes são inacessíveis para aqueles que mais precisam. E as máscaras são produzidas com material reciclável.

"Nosso objetivo é democratizar o acesso à proteção respiratória de qualidade", afirma o aluno José Henrique. "Enquanto uma máscara comercial, com a mesma finalidade que nossa, pode custar mais de R$100, nós conseguimos produzir as nossas por apenas R$7,68. Isso significa que podemos oferecer segurança atmosférica para todos, sem comprometer o bolso das pessoas", destaca o estudante.

Além do custo acessível, as máscaras desenvolvidas pelo projeto também foram submetidas a rigorosos testes de eficácia fora do laboratório. Os resultados foram impressionantes: o filtro de carvão ativado de paina demonstrou uma redução significativa na concentração de gases como CO e CO2, comprovando sua eficácia na filtragem desses poluentes.

Mas os benefícios do projeto não param por aí. Além de proteger a saúde dos indivíduos expostos à poluição do ar, a iniciativa também está promovendo a conscientização sobre os danos causados pelos gases nocivos. Em parceria com a ONG Palha de Arroz, o grupo pretende distribuir as máscaras filtrantes para os vendedores ambulantes e realizar campanhas educativas sobre a importância de proteger a saúde respiratória.

"Estamos comprometidos em fazer a diferença na vida das pessoas e no meio ambiente", ressalta a aluna Maria Elys Celestino de Siqueira.

"Acreditamos que, juntos, podemos construir um futuro mais saudável e sustentável para todos", completa.

Com sua abordagem inovadora e impacto positivo na sociedade, o projeto está mostrando que é possível combater a poluição atmosférica de forma acessível e eficaz, proporcionando ar limpo e seguro para todos respirarem. Uma iniciativa que inspira e motiva outros a se unirem na luta por um mundo mais saudável e sustentável.

O projeto será apresentado ao público durante a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, que acontece entre os dias 18 e 22 de março, na Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: ComSoc DEPA.

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